Fotos por @marcelosoubhia @agfotosite

NALIMO
Responsável: Day Molina
Instagram: @nalimo___
Link:https://www.instagram.com/nalimo_____/
E-mail: molinastylist@gmail.com

Ficha Técnica

Direção criativa: Day Molina @molina.ela

Assistente Direção Criativa: Limbert Mamani @limbert.andino

Assistentes Atelier: Tainá Aparecida e Maria Celeste

Costureira: Sonia @cholitasempreendedoras

Produção Executiva: Limbert Mamani @limbert.andino

Produção e direção criativa: ZION @zionproduz 

Styling e Direção criativa: Day Molina @molina.ela

Assistente Styling: Vinny Araújo e Déa Mamel 

Make e cabelo: Máxime Weber @maximakeupandhair

Casting: Day Molina I Nalimo 

Trilha sonora: ZION @zionproduz

Fotografia e vídeo:

Xavier Jeferson (Acre)- @oxaviierr
Neilson Abdalah (Acre) - @abdalah.br

Gustavo Sena (Zion) - @guto.01 

Nome Filmes (Zion) @nomefilmes_

Direção de arte / cenografia: Day Molina e Warley Alves 

Assistentes: Mila 

Apoio:ZION @zionproduz | Comitê Chico Mendes - @chicomendescomite 

Apoio institucional: Comitê Chico Mendes - @chicomendescomite

Apoio técnico / logístico: Produtora Zion & Comitê Chico Mendes

Locação: Acre (Resex Chico Mendes) 

Fornecedores parceiros: Santista 

Calçados: Autoral Nalimo + Dr da Borracha

@nalimo___ +  @drdaborracha

Comunicação: Mergulhos - @mergulhos.art 

Identidade Visual: Agência Aram @agenciaaram 

Assessoria de Imprensa: CoBra - Creatives of Brasil @creativesofbrasil

NALIMO apresenta:

homenagem à CHICO MENDES.

Chico Mendes, nascido no Acre, foi um ambientalista, sindicalista, ativista e seringueiro. Militante da reforma agrária e da conservação do meio ambiente, além de fundador de reservas extrativistas não predatórias. Chico Mendes foi assassinado em 1988 por donos de terras opositores à sua luta. Como líder ambientalista, Chico Mendes criou a primeira iniciativa de conservação das florestas tropicais do mundo.

Seus esforços levaram ao estabelecimento de reservas extrativas do Brasil - áreas protegidas onde as comunidades locais poderiam colher recursos naturais de forma sustentável sem destruir a floresta. O trabalho dele destacou a importância de preservar a Amazônia como um tesouro global. Tragicamente, seu ativismo fez dele um alvo de interesses poderosos em madeireiros e agronegócio.

Em 1988, aos 44 anos, foi assassinado por homens armados contratados ligados a estas indústrias, chamando a atenção internacional para os perigos enfrentados pelos ativistas ambientais e indígenas. Chico foi premiado por instituições internacionais e seu legado segue vivo, no coração da Floresta. A estilista, pesquisadora e ativista Dayana Molina, mergulha na história e legado de Chico.

Em uma viagem inspiradora conhece a Reserva Extrativista Chico Mendes, no Acre. A Resex Chico Mendes, protege 1 milhão de hectares de terra. E preserva as florestas e os povos que nela habitam.

Release: Chico Mendes no coração da floresta

Há roupas que não cobrem, mas revelam. Há costuras que não seguem moldes, mas raízes.

Há saudades que não se dizem — se bordam. Essa coleção nasceu ouvindo o sussurro de uma árvore ferida, o choro abafado de uma filha que não viu o pai voltar, o som da terra quando resiste, mesmo calada.

“Saudade” não é apenas uma palavra — é uma sensação bordada no ventre da mata, é a ausência que pulsa, é amor que se recusa a morrer. Inspirada na vida e na luta de Chico Mendes, essa coleção é uma travessia entre o corpo e o território, entre o ativismo e a ternura. Cada traço, cada linha, cada curva de tecido, carrega a memória do homem que ensinou ao mundo que preservar a floresta é também preservar a vida. Que a Amazônia é mais que um bioma — é um corpo coletivo, uma pele ancestral.

Desenhei com reverência. Bordei com convicção, com afeto, com memória. As peças caminham como quem marcha em empates. Se colocam no mundo como Chico se colocava diante dos tratores: sem armas, mas com coragem. Sem violência, mas com firmeza. A paleta da terra, as folhas da vitória-régia, corações anatômicos, as raízes, o látex, os cascalhos das castanheiras da Resex. Tudo nesta coleção é corpo de floresta.

É modo de existir que recusa a destruição. Esta coleção não desfila. Ela ocupa com beleza. Ela denúncia os corpos que tombam. Ela diz: Chico vive. E nós também. Porque enquanto houver moda que honre a ancestralidade, enquanto houver mãos que costurem resistência, enquanto houver filhos da floresta que não se calam — Chico não será passado. Ele é presente e futuro. Angela vive e é continuidade. Essa coleção é para honrar a memória e lembrá-la que não está só. Somos coletivas, companheira.

É para vestir a ausência e transformar em presença. É para fazer da arte um ato de continuidade. Assino com as mãos cheias de seiva, com a memória da minha avó e o olhar de todas as meninas indígenas que virão.

Chico vive. Ângela resiste.

Nós seguimos costurando futuro.

Assinada por Dayana Molina —

Estilista indígena, pesquisadora, ativista.

Fotos por @marcelosoubhia @agfotosite