Fotos por @agfotosite Marcelo Soubhia
NotEqual
Estilista da marca: Fabio Costa
E-mail: notequalny@gmail.com
Instagram: @notequal
https://www.instagram.com/notequal/
Site: www.notequal.com.br
Contato: 1 (347) 858-6924
Ficha técnica
Direção criativa: Fábio Costa e Pedro Couto
Assistência de estilo: Jefferson Silva , Danton Brando
Beleza: Maxi Weber
Trilha Sonora: Fábio Costa e Pedro Couto
Fotografia: Vinicius Sampaio
Apoio: Nicoletti Textil, AN TEXTIL
Agradecimentos: Casa de Criadores, Valéria Said
Release:
Coleção 2024/Casa de Criadores - “Poéticas Agenders Afrofuturistas”
NotEqual não é apenas uma marca consolidada no mercado de moda autoral. Faz parte de um movimento político-estilístico, que busca romper não somente com as questões de gênero, mas questionar estruturas estéticas e modelos culturais, para além de perspectivas de matriz eurocêntrica.
A nova Coleção “Poéticas Agenders Afrofuturistas” é uma síntese das reflexões de seus diretores criativos, Fábio Costa e Pedro Couto, do que seria uma utópica África não colonizada, utilizando-se da Inteligência Artificial (IA) para experimentações imaginativas. A intenção foi projetar um devir imagético, que superasse as condições legadas de uma modernidade ocidental historicamente opressiva, no que se refere a estéticas, valores e outras sensibilidades de referências africanas e diaspóricas:
“A utilização da IA foi um exercício crítico-poético para eu idealizar múltiplas possibilidades de uma futurística e livre Sociedade Africana, que refletisse sua sublime beleza e diversidade ancestral. Por outro lado, a exploração virtual também serviu para confrontar a realidade presente, pois a Coleção, metaforicamente, reflete temas contemporâneos, que fazem parte de minhas vivências profissionais cotidianas: as lutas pela desconstrução de estéticas colonialistas e pela liberdade de expressão agênero e antirracista”.
De fato, a partir das imagens geradas pela IA, como base para inspirar a Coleção, Fábio Costa se deparou com questões éticas acerca das próprias representações engendradas pela programação automatizada: “Se é verdade que essa ferramenta tecnológica foi a única forma para eu realizar exercícios futurísticos e me inspirar em uma imaginária África autóctone, também é certo que seus algorítmos reforçam estereótipos de roupas binárias e de corpos padronizados. No que me conscientizou ainda mais para a necessidade da NotEqual continuar com sua proposta política de projetar roupas agêneros”.
Além de prosseguir com as pesquisas sobre modelagem “genderless”, “Poéticas Agenders Afrofuturistas” mostra a evolução da NotEqual, quanto à paleta de cores: o cinza, o preto e o branco continuam predominando na Coleção, pois expressam o espírito de atemporalidade da Marca. A incorporação de tons terrosos, como o verde-oliva, o mostarda e o terracota não somente simboliza as riquezas de uma África pujante, como resulta de soluções cromáticas para oferecer mais possibilidades a cada pessoa de elaborar múltiplas composições visuais.
A Coleção também vai desfilar outra preocupação de seus estilistas, a sustentabilidade das matérias-primas: o couro descartado pela indústria, por apresentar pequenos defeitos, é tratado artesanalmente e ressignificado na criação das roupas, combinando a técnica do upcycling à da moulage. O mesmo material é usado na bricolagem dos acessórios, esculpidos com diferentes peças de edições passadas e outros elementos, refletindo a cabeça de seus criativos: na NotEqual nada se perde, tudo é transformado em instigantes artefatos poéticos.
Os efeitos expressivos de “Poéticas Agenders Afrofuturistas” envolvem uma diversidade de texturas, como jeans, tules, couros e sarjas; bordados abstratamente siliconados e volumetrias em harmônicas assimetrias, entrecortadas pela concepção milenar da proporção áurea: roupas tramadas por meio de calculadas dobraduras, elaboradas amarrações e complexas costuras aparentemente minimalistas, idealizadas para serem organicamente plural, sem a presença de marcadores sociais de identidade de gênero.
“Poéticas Agenders Afrofuturistas” são, portanto, obras vestíveis, esteticamente admiráveis e provocativas: cada peça colecionável é uma declaração decolonial de que outras histórias precisam ser visibilizadas. Por isso, NotEqual convida você a fruir sua nova Coleção e a participar desse movimento de exercício crítico: pensar narrativas não-binárias na Moda é um ato político relevante para agendar uma sociedade cultural e estilisticamente mais “agender”.
É mineiro de Belo Horizonte, bacharel em Design de Moda, pela Universidade
FUMEC/MG, e formado pela Fashion Institute of Technology (FIT), em Alfaiataria e Técnicas de Construção. Morou por 12 anos em Nova York, desenvolvendo pesquisas de ergometria e aprimorando suas técnicas de moulage, além de ter participado de quatro edições do Project Runway, conhecido reality show de moda norte-americano. Ainda em NY, fundou a NotEqual, em 2013. De volta ao Brasil, desde 2018, tem participado de várias Semanas de Moda, a convite do Minas Trend, SPFW, Casa de Criadores. É membro da Comissão Executiva do Fórum da Moda de Belo Horizonte (FMoBH).
Pedro Couto
Nascido em Belo Horizonte, formou-se em Design de Moda pelo SENAC-SP e em Fashion Business pelo IED-Barcelona. Morou na Espanha e na França, onde pode desenvolver suas técnicas de costura e modelagem, em empresas de moda masculina. Após sua volta ao Brasil, trabalhou como figurinista da cantora americana Ms. Lauryn Hill e se juntou ao seu sócio e marido Fábio Costa, com quem se associou à NotEqual, como marca e expressão política.
Por Valéria Said
NotEqual
NotEqual
Estilista da marca: Fabio Costa
E-mail: notequalny@gmail.com
Instagram: @notequal
https://www.instagram.com/notequal/
Site: www.notequal.com.br
Contato: 1 (347) 858-6924
Ficha técnica
Direção criativa: Fábio Costa e Pedro Couto
Assistência de estilo: Jefferson Silva , Danton Brando
Beleza: Maxi Weber
Trilha Sonora: Fábio Costa e Pedro Couto
Fotografia: Vinicius Sampaio
Apoio: Nicoletti Textil, AN TEXTIL
Agradecimentos: Casa de Criadores, Valéria Said
Release:
Coleção 2024/Casa de Criadores - “Poéticas Agenders Afrofuturistas”
NotEqual não é apenas uma marca consolidada no mercado de moda autoral. Faz parte de um movimento político-estilístico, que busca romper não somente com as questões de gênero, mas questionar estruturas estéticas e modelos culturais, para além de perspectivas de matriz eurocêntrica.
A nova Coleção “Poéticas Agenders Afrofuturistas” é uma síntese das reflexões de seus diretores criativos, Fábio Costa e Pedro Couto, do que seria uma utópica África não colonizada, utilizando-se da Inteligência Artificial (IA) para experimentações imaginativas. A intenção foi projetar um devir imagético, que superasse as condições legadas de uma modernidade ocidental historicamente opressiva, no que se refere a estéticas, valores e outras sensibilidades de referências africanas e diaspóricas:
“A utilização da IA foi um exercício crítico-poético para eu idealizar múltiplas possibilidades de uma futurística e livre Sociedade Africana, que refletisse sua sublime beleza e diversidade ancestral. Por outro lado, a exploração virtual também serviu para confrontar a realidade presente, pois a Coleção, metaforicamente, reflete temas contemporâneos, que fazem parte de minhas vivências profissionais cotidianas: as lutas pela desconstrução de estéticas colonialistas e pela liberdade de expressão agênero e antirracista”.
De fato, a partir das imagens geradas pela IA, como base para inspirar a Coleção, Fábio Costa se deparou com questões éticas acerca das próprias representações engendradas pela programação automatizada: “Se é verdade que essa ferramenta tecnológica foi a única forma para eu realizar exercícios futurísticos e me inspirar em uma imaginária África autóctone, também é certo que seus algorítmos reforçam estereótipos de roupas binárias e de corpos padronizados. No que me conscientizou ainda mais para a necessidade da NotEqual continuar com sua proposta política de projetar roupas agêneros”.
Além de prosseguir com as pesquisas sobre modelagem “genderless”, “Poéticas Agenders Afrofuturistas” mostra a evolução da NotEqual, quanto à paleta de cores: o cinza, o preto e o branco continuam predominando na Coleção, pois expressam o espírito de atemporalidade da Marca. A incorporação de tons terrosos, como o verde-oliva, o mostarda e o terracota não somente simboliza as riquezas de uma África pujante, como resulta de soluções cromáticas para oferecer mais possibilidades a cada pessoa de elaborar múltiplas composições visuais.
A Coleção também vai desfilar outra preocupação de seus estilistas, a sustentabilidade das matérias-primas: o couro descartado pela indústria, por apresentar pequenos defeitos, é tratado artesanalmente e ressignificado na criação das roupas, combinando a técnica do upcycling à da moulage. O mesmo material é usado na bricolagem dos acessórios, esculpidos com diferentes peças de edições passadas e outros elementos, refletindo a cabeça de seus criativos: na NotEqual nada se perde, tudo é transformado em instigantes artefatos poéticos.
Os efeitos expressivos de “Poéticas Agenders Afrofuturistas” envolvem uma diversidade de texturas, como jeans, tules, couros e sarjas; bordados abstratamente siliconados e volumetrias em harmônicas assimetrias, entrecortadas pela concepção milenar da proporção áurea: roupas tramadas por meio de calculadas dobraduras, elaboradas amarrações e complexas costuras aparentemente minimalistas, idealizadas para serem organicamente plural, sem a presença de marcadores sociais de identidade de gênero.
“Poéticas Agenders Afrofuturistas” são, portanto, obras vestíveis, esteticamente admiráveis e provocativas: cada peça colecionável é uma declaração decolonial de que outras histórias precisam ser visibilizadas. Por isso, NotEqual convida você a fruir sua nova Coleção e a participar desse movimento de exercício crítico: pensar narrativas não-binárias na Moda é um ato político relevante para agendar uma sociedade cultural e estilisticamente mais “agender”.
É mineiro de Belo Horizonte, bacharel em Design de Moda, pela Universidade
FUMEC/MG, e formado pela Fashion Institute of Technology (FIT), em Alfaiataria e Técnicas de Construção. Morou por 12 anos em Nova York, desenvolvendo pesquisas de ergometria e aprimorando suas técnicas de moulage, além de ter participado de quatro edições do Project Runway, conhecido reality show de moda norte-americano. Ainda em NY, fundou a NotEqual, em 2013. De volta ao Brasil, desde 2018, tem participado de várias Semanas de Moda, a convite do Minas Trend, SPFW, Casa de Criadores. É membro da Comissão Executiva do Fórum da Moda de Belo Horizonte (FMoBH).
Pedro Couto
Nascido em Belo Horizonte, formou-se em Design de Moda pelo SENAC-SP e em Fashion Business pelo IED-Barcelona. Morou na Espanha e na França, onde pode desenvolver suas técnicas de costura e modelagem, em empresas de moda masculina. Após sua volta ao Brasil, trabalhou como figurinista da cantora americana Ms. Lauryn Hill e se juntou ao seu sócio e marido Fábio Costa, com quem se associou à NotEqual, como marca e expressão política.
Por Valéria Said
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